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Inovação e Tecnologia

O que podemos esperar das carnes sintéticas?

Publicado por Oxigênio Aceleradora em março 19, 2024 | Atualizado em abril 23, 2024
6 minutos para ler

Sumário

  • O que podemos esperar das carnes sintéticas?
    • Processo de produção de carnes sintéticas
      • A história da carne sintética e as expectativas para o futuro
    • Benefícios das carnes sintéticas
      • Redução do impacto ambiental
      • Bem-estar animal
      • Qualidade dos produtos
      • Segurança alimentar
    • Quais são os desafios?

O que podemos esperar das carnes sintéticas?

As carnes sintéticas, também conhecidas como carnes sustentáveis, carnes cultivadas, ou, carnes artificiais, têm ganhado espaço no debate sobre sustentabilidade e alimentação, especialmente no setor do agronegócio e das agritechs.

Nesta discussão, há quem defenda o avanço dos estudos e desenvolvimento de produtos que sigam essa linha, porém, há também aqueles que entendem que estes produtos não atendem às demandas de consumo da maioria da população.

Para ampliar os debates e ajudá-lo a conhecer mais sobre esse assunto, desenvolvemos um conteúdo especial sobre carnes sintéticas. Continue a leitura e entenda como funciona o processo de produção, qual relação entre as carnes artificiais e as práticas sustentáveis e quais são as expectativas de avanço no seu desenvolvimento. 

Processo de produção de carnes sintéticas

A produção das carnes sintéticas é realizado a partir do uso de das células-tronco extraídas do animal. Podem ser usadas células de diversos tipos de carnes, como a bovina, suína, de frango, peixe e até camarão.

Em um ambiente controlado, similar ao corpo biológico, essas entram em contato com os nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento saudável como oxigênio, aminoácidos, glicose, vitaminas e hormônios, garantindo o seu crescimento. 

Em um período que pode variar entre 2 a 8 semanas, elas se desenvolvem e estão prontas para o consumo. 

A história da carne sintética e as expectativas para o futuro

A carne cultivada foi criada em 2004, porém, o primeiro protótipo, um hambúrguer bovino, foi apresentado em 2013 pelo professor Mark Post da Universidade de Maastricht.

Com o desenvolvimento da tecnologia e a adequação da indústria, a carne cultivada tem potencial para se tornar uma alternativa popular à carne tradicional. Preços mais acessíveis e maior familiaridade do público com o produto são fatores que podem contribuir para sua popularização.

O Brasil é um dos países que têm investido na pesquisa e produção de carnes sintéticas e a expectativa é que ela comece a ser comercializada em território nacional entre 2024 e 2025, embora a venda ainda seja em baixa escala. 

A BRF é a empresa que está por trás da inclusão deste produto nas prateleiras dos supermercado e tem como expectativa alcançar uma produção mais sustentável e com menos sofrimento animal. 

Benefícios das carnes sintéticas

A carne cultivada oferece diversos benefícios em comparação à carne tradicional, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade, ao bem-estar animal, saúde e segurança alimentar. 

Redução do impacto ambiental

A produção de carne tradicional exige grandes áreas de terra para pastagem, cultivo de ração e criação de animais. A carne sintética, por outro lado, pode ser produzida em ambientes controlados, como laboratórios, utilizando muito menos espaço físico e recursos naturais.

Hoje, a produção de carne tradicional consome grandes quantidades de água para irrigação, criação dos animais e limpeza das instalações. A carne sintética, por sua vez, utiliza um volume consideravelmente inferior de água na sua produção.

A produção dos gases de efeito estufa são outro ponto relevante, a medida que os processos para obtenção da carne tradicional são responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, como metano e óxido nitroso, que contribuem para o aquecimento global. Em contrapartida, a carne sintética emite significativamente menos gases de efeito estufa. 

A produção de carne tradicional é um processo relativamente ineficiente, pois grande parte da energia utilizada é convertida em calor. A carne sintética, em oposição, pode ser produzida de forma mais eficiente, utilizando menos energia.

Bem-estar animal

Outro ponto relevante é o bem-estar animal. A produção de carne tradicional muitas vezes envolve práticas que podem comprometer o bem-estar animal, como confinamento em espaços apertados, criação em massa e condições insalubres. A carne sintética não demanda o abate de animais, eliminando o sofrimento.

Qualidade dos produtos

As carnes sintéticas são produzidas em ambiente controlado, permitindo a criação de carne com menor teor de gordura e colesterol, além de produtos livres de antibióticos e hormônios.

A contaminação da carne tradicional é outro problema que pode ser minimizado. A carne sintética, por ser produzida em um ambiente controlado, pode ser livre de patógenos como salmonela, E. coli e Campylobacter, que podem causar doenças graves.

Outra característica benéfica da carne sintética é a sua rastreabilidade. Ela pode ser rastreada desde a célula inicial até o produto final, facilitando a identificação de possíveis problemas e a tomada de medidas corretivas.

Somado a isso, a produção de carne sintética permite um maior controle sobre os ingredientes e o processo de produção, garantindo um produto final de alta qualidade e com características nutricionais pré-definidas.

Segurança alimentar

Por fim, a expectativa é que esse tipo de produto tenha um grande potencial de promover a segurança alimentar para uma população mundial em crescimento, já que utiliza menos recursos naturais e pode ser produzida em qualquer lugar do mundo.

Quais são os desafios?

É natural que o setor que está trabalhando do desenvolvimento e implementação deste produto enfrente alguns desafios, os principais são o alto custo e a ausência de uma regulamentação. 

Atualmente, a carne sintética é muito mais cara do que a carne tradicional. No entanto, espera-se que o custo da carne sintética diminua com o desenvolvimento da tecnologia.

Além disso, a ausência de um regulamentação é um impasse na comercialização. É necessário estabelecer normas e padrões para garantir a segurança e a qualidade dos produtos que serão oferecidos ao mercado consumidor. 

Como você pode ver, a carne sintética tem o potencial de contribuir para a sociedade de diversas maneiras. Além da relação com a sustentabilidade, há muitos outros aspectos relevantes impactando na produção e no bem-estar dos animais e dos seres humanos.

No entanto, ainda há alguns desafios a serem superados antes que a carne sintética possa ser uma alternativa viável à carne tradicional em larga escala. Apesar disso, em breve, já devemos ter acesso a esse tipo de mercadoria nas gôndolas de supermercados.

Assim como a corrida espacial foi um processo longo de transformação e investimento em novas tecnologias, que em muitos momentos pareceu algo longe da realidade, as carnes sintéticas seguem o mesmo caminho. 

Com o passar do tempo e o avanço das soluções no seu desenvolvimento, a tendência é que logo elas se tornem parte do nosso dia a dia, como uma alternativa alimentar segura, saudável e ambientalmente responsável. 

Gostou de saber mais sobre carnes sintéticas? Aproveite e compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais, ampliando o debate sobre o assunto com a sua rede de contatos.

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